Avenidas de mão dupla antes com canteiros centrais, deram lugar a avenidas de mão simples com uma calçada feita às pressas dividindo pistas. Ruas que antes iam e vinham, agora têm único sentido. O hospital tem de conviver com mais carros transitando e gerando poluição. Graças à Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito.
Os responsáveis pelas mudanças não pensaram nas consequências que poderiam causar. Em primeiro lugar o caos para motoristas que, por exemplo, agora precisam dar a volta na quadra para chegar ou sair de casa. A rua Francisco Carvalho da Cunha é exemplo disso. Pessoas que residem entre o posto da CEEE e a Delegacia da Receita Federal, quando chegam de Porto Alegre, precisam dar a volta na quadra para acessar a rua. Se forem à Capital o problema se repete. Não teria sido mais inteligente utilizar o orçamento destinado a nova sinalização e às mudanças estruturais para calçar decentemente, ou asfaltar as ruas do entorno das vias de acesso? Os recursos poderiam ter sido usados para dar início às obras no Caminho do Meio. Aliás, foram até Brasília para quê no ano passado?!
Além da dificuldade para circular pelas ruas, há também aumento no número de acidentes. Fácil presumir: em uma avenida de sentido único, com uma calçada central, quando o motorista que está à esquerda precisa entrar à direita, o que pode acontecer ao cruzar o canteiro? No segundo dia de "novidade" um acidente ocorreu em frente ao prédio da Receita Federal, na avenida Américo Vespúcio de Cabral. Durante cinco minutos observando em qualquer esquina da avenida Bento Gonçalves é impressionante a quantidade de “quase acidentes” que se presencia.
Com o novo trânsito no Centro morar em Viamão está desgostoso. Ao invés de passar por uma rua esburacada, com iluminação precária e falta de segurança, é preciso passar por três ou mais para chegar em casa ou no trabalho. É um completo absurdo!
Está faltando uma pauta de prioridades para o excelentíssimo prefeito Alex Boscaini. Está na hora de ir às ruas, sair do gabinete e ouvir de fato o que o contribuinte, pensa, quer ou precisa. Dessa forma, ao invés de contabilizar votos, serão contabilizados acidentes e reclamações. A propósito, os eleitores de Viamão precisarão aprender um novo caminho para votar em outubro próximo. Pensem nisso, Executivo e Legislativo Municipais.